domingo, 20 de dezembro de 2009

Uma noite qualquer

As vezes pego-me pensando nela
Na forma, no gosto, na sensação de tê-la entre os dedos.
Quem é ela? Quem é ela?

Das tantas que tive, (e as sempre quero mais)
São todas iguais.
E igualmente, difere no gosto assim que toca os lábios quentes
É fria por natureza.
Mas que importa?

No silêncio, somente fumaça da sua boca agora aberta.
Na garganta sinto aquela vida esvair-se aos poucos
Uma morte devagar

E quando acabo com ela?
Quando vejo seu interior oco,
enquanto jogada termina vazia.
Não tenho dúvidas e parto pra próxima.

Um gesto simples ilumina uma noite qualquer

-Garçom, mais uma cerveja por favor!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Canso, logo...

Quanto sobra de cada dia?
Quanta sobra de dia nenhum.
Quanta soma de desespero.
Quanto some de cada?
E o cansaço de cada dia que nunca sobra,
É o cansaço de cada sobra que nunca é dia.
O cansaço começa a consumir
os últimos segundos de sanidade.
E a cada segundo passado
é fato que hora há de descansar.
É fato que hora, há de cansar.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Musicando...

Quando chega a tarde

Ah, deixa o sol sair,
que ele já não faz mais
parte dos lençóis.
E não estamos sós,
a tarde vem chegando
pra desatar os nós.

E quando o vento faz
a curva pra dizer,
pra sussurrar você
nos meus ouvidos.
Eu tenho os pés nos chão
e lanço-me ao ar,
pra não deixar
o vento te levar.

O dia faz a volta,
é só pra começar.
Girando devagar
que a tarde chega sempre e só.
Chega por chegar.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Sobre o tempo

Parei para pensar no tempo, ou melhor, parei para pensar sobre o tempo.
Tudo bem vai, nem parei (pois só de parar já se perde muito tempo) simplesmente pensei.

Os dias e horas são como carros em uma avenida, passam rápidos e as pessoas nem reparam muito, são somente pecinhas sobre um enorme tabuleiro de um Jogo da vida.

Só param para prestar atenção, quando tem que atravessar essa avenida, dizem “Nossa, esses carros estão andando rápido demais” e estão mesmo, de fato, nosso tempo está em constante movimento, em alta velocidade.

Estamos indo rápido demais?

Quantos anos? (sim, a pergunta não mais está relacionada às horas, dias ou meses).

Fiz essa pergunta hoje. Convivo com pessoas as quais essa pergunta relacionada aos anos, já pode ser feita. É complicado pensar que a gente nem imaginava que os caminhos se tornariam tão... Como se tornaram.

Nossos primeiros dias nesses corredores passaram voando, e se tornaram meses, e estes viraram anos.

Quando era o presente a gente nem pensava, afinal o agora não se pensa, se vive. Porém virou passado, agora sim a gente pensa, reflete, sente saudades.

O futuro era uma incógnita. Fazíamos planos (todo mundo faz), mas como saber o que estava por vir? E o pior, quando estava por vir?

Virou presente. Vimos que muita coisa muda e muita continua a mesma. Que o que nos assustava, já não assusta mais, já não é mais uma incerteza, virou momento.

Filosofar sobre o tempo vira uma questão de insanidade, pois as variáveis são muitas e as opiniões contraditórias, não existe certeza nenhuma... Ah sim, existe uma: O tempo passa.

Hoje foi um dia pra pensar sobre o assunto. Fiquei feliz. Vi que já posso contar nossas amizades em anos, vi que eu posso contar e que também posso ajudar quando qualquer um de nós tiver algum problema, nem que seja apenas com uma palavra amiga.

Nosso futuro? Eu não sei.
Nosso presente, a gente vive.
Nosso pretérito? Bom, com certeza, posso dizer uma coisa: Foi mais que perfeito.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Cerebroconfundição

Os pensamentos perdem a gente de pensar.
Acho que parei de pensar faz tempo.
Talvez não.
Não! talvez tenha parado e só.
E só, tentei parar de pensar.
Assim, percebi que estive pensando de novo sobre pensar, e parei.
Parei de tentar.

domingo, 30 de março de 2008

Ser humano

Vamos ser humanos?
Vamos, ser humano!
Vamos ser, humano!
Vamos e apenas vamos,
pois ser está dificil
humanos, mais dificil
Ser humanos? talvez um dia.
qunado formos seres humanos.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

The Greatest Hits

Passado.
Será que o presente e o futuro nunca serão tão bons quanto o passado?
A sim, serão, quando virarem passado.
Hoje eu trouxe para o serviço um CD que gravei em 2002. Escutando as primeiras faixas, lembrei-me dessa época de colégio. E com isso sempre vem aquele sentimento " nossa, como eu era feliz e não sabia".
Será?
Será que eu não sou tão feliz ou mais agora?
Será que amanhã eu não posso ter um surto de felicidade e ficar rindo a toa que nem bobo pelos corredores da faculdade?
Fico pensando: tantas coisas aconteceram, tanta mudança, tanta novidade.
Por que temos o passado como superior ao presente, ou pior, superior ao fututro (coitado ainda nem chegou e já é comparado "às melhores épocas")
Eu sei que as lembranças e a saudade batem forte, e que é gostoso relembrar. Mas por que não dar uma chance pro amanhã?
Deixa ele tentar.
Só sei que enquanto ele não chega, aguardo aqui escutando meu CD que já pode ser entitulado greatest hits of the past, com sucessos da época (e pensar que 5 anos são suficientes pra condecorar uma musica como ultra-velha.)